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Brincando de Ser Deus

Zapiando pelos milhares de canais de tv, que pago mensalmente mas de vez em nunca consigo assistir algo que preste, tive a oportunidade de assistir a um documentário na TV Escola que compara a engenharia antiga com nossas atuais criações.
As invenções antigas procuravam resolver problemas do cotidiano e facilitar ações da rotina. Até ai, nenhuma novidade, não é mesmo?! Até porque muitas das coisas que conhecemos são invenções que são frequentemente reformuladas e nunca caem da moda ou saem de uso.
Poucos minutos depois de terminado o programa, me deparei com um documentário em outro canal que mostrava as inovações tecnológicas que possibilitam a criação de humanoides e as perspectivas de criação de um robô praticamente humano, não só em seu aspecto físico como com atributos de pensamento e sentimento.
Neste momento parei para fazer uma breve retrospectiva dos filmes de ficção científica que ainda passam incansavelmente na televisão e o quanto estas criações cinematograficas ainda exercem influência em nossa fantasia, mesmo tecnologicamente e cientificamente ultrapassadas.
Diante desta perspectiva, podemos comparar tais filmes (Star Wars, Matrix e companhia ltda), com o atual Avatar. Percebemos então a não distinção entre o humano e o fantástico, o natural e o artificial. Ainda é fantasia, bonito, mas e quando não for mais como se anuncia por ai? Qual será o sentido da vida humana?
Creio que tal constatação nos coloca diante do dilema de estarmos ou não bancando Deus. Qual o limite entre o natural e nosso poder criativo aliado aos nossos recursos tecnológicos?
O processo criativo, sem duvida, é bem vindo, bem como a descoberta de novos recursos que tal qual as invenções antigas primem por facilitar as tarefas da rotina. Mas será correto tentarmos dar estética e atributos humanos a robôs por simples ganância?
Há muito existem robôs na industria, melhorando e facilitando a produção, mas estes robôs apenas cumprem o papel para o qual foram programados e em geral tem o humano auxiliando suas operações e ordenando o serviço. Diminuem o numero de operários mas ainda é necessário a presença humana. Mas e quando estes robos não necessitarem mais do auxilio humano, forem esteticamente mais bonitos, não precisarem de férias, remuneração, auxílio saude ou qualquer outro tipo de benefício? O que será dos humanos tradicionais, que nascem, crescem e morrem?
É...vamos rezar para que os celulares peguem em todos os lugares, os computadores mais portateis e velozes, nossos carros menos geradores de poluição, nossos eletrodomésticos menos gastadores de energia, mas que jamais sejamos substituidos.