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A Hora da Verdade


Chegou hora da verdade: é hora de escolher a que profissão se dedicar!
Todo ano tem este complicado momento para milhares de jovens. Com tantas opções no mercado e a hiperestimulação desenfreada das crianças desde muito cedo, está cada vez mais difícil a escolha da profissão.
As universidades abrem suas portas para visitação de crianças e adolescentes e cada vez mais cedo se fala em profissionalização e aperfeiçoamento pessoal. Mas a pergunta é: Será que estamos dando o tempo e os recursos certos para que os jovens façam sua escolha?
Na duvida, sempre é bom ter um orientador vocacional por perto. Alias, boa parte das escolas tem o profissional psicologo em sua equipe e vale a pena visitá-lo por conta própria (ou seja, sem ser por motivo de castigo). O psicólogo tem instrumentos que ajudam e muito na hora de elencar as opções de mercado que melhor nos atendem e nas quais nossas facilidades e atribuições serão valorizadas.
Estou na minha segunda graduação e percebo, hoje, o quão precipitada foi minha primeira escolha profissional. Percebi o quanto fui seduzida pelos louros e não fui informada do que não é tão glorioso assim e daquiloque eu seria incapaz de exercer. Nesta reflexão, ainda me lembro de quantos colegas passaram pela mesma dificuldade que eu e que escolheram por profissões que não atendem às suas características pessoais. Embora tivesse um psicólogo nas escolas em que estive, definitivamente sua mão de obra foi mau utilizada na época.
Em alguns momentos creio que estamos nos prescipitando em relação à educação, não levando em conta a individualidade de cada ser (novidade ...). Digo alguns momentos porque sendo uma aluna de PBL, também vejo as falhas no sistema alternativo e o quanto ele igualmente não atende às necessidades de um graduando. Sim, ainda estamos na época da escolástica e Deus sabe quando teremos condição de reformular o ensino a ponto de atender ao aluno integralmente.
Esta reflexão, hoje, foi despertada pelos problemas do ENEM 2009 e as mais de 13 mil reclamações que foram feitas devido a dificuldade de acesso ao site do Ministério da Educação para a atualização do sistema de vagas e acesso ao hanking das universidades e cadastramento nas mesmas. Segundo os alunos, o provedor do site não suportou a demanda de acessos, o que resultou em algumas falhas importantes.
Em outros casos, o acesso limitou-se a pagamentos em vão em lan-houses pois em determinadas regiões do país a acessibilidade digital é mínima e a maioria dos estudantes não tem acesso a rede. Estes foram até as lojas, pagaram pelo acesso a rede mas não conseguiram fazer o cadastro.
Unindo todas essas informações, de carências das carências de um povo carente (se for analisar não é redundante falar desta forma), será que estamos dando recursos ou limitando um processo que até então ja era difícil?
Creio que para formar melhores profissionais, mais qualificados, engajados e mais satisfeitos com sua condição, devemos começar o trabalho por nossas crianças, analisando a forma como os avaliamos e percebendo até onde estas avaliações os auxiliam, verdadeiramente, no futuro. Desta forma poderemos elencar as prioridades e ajuda-las na tão difícil escolha na hora daquela inoportuna pergunta: ¨O que vc vai ser quando crescer¨?
Referência: Informações estatísticas do Jornal Hoje da Rede Globo de Televisão em 30.01.2010